¿HÉROE O VILLANO?

¿HÉROE O VILLANO?

domingo, mayo 31, 2015

Alfons 31-5

NO ME TOQUÉS LA PELOTA

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Dejate de joder

Por Juan Pablo Varsky | Para canchallena.com
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Mikel Balenziaga nació un 29 de febrero. Año 1988. Se formó en las juveniles de Real Sociedad. Pasó a la filial del Athletic en 2008 y ese mismo año jugó 24 partidos en el primer equipo. Parecía consolidarse pero lo prestaron a Numancia y a Valladolid. La llegada de Ernesto Valverde como entrenador en 2013 le devolvió su lugar. Ha jugado 228 partidos, sin goles. Anoche su carrera futbolística cambió para siempre. Valverde le pidió que le hiciera marca personal a un futbolista. Que lo siguiera hasta el baño. Que se olvidara del partido. Athletic jugaría contra Barcelona. Él lo haría contra otro hombre. Diez vascos cubrían espacios. El undécimo jugaba mano a mano en toda la cancha. Cuando su presa tiraba diagonales, él, mastín obediente hasta el final, lo perseguía y se desentendía de la pelota. Otro rojiblanco ocuparía el lateral izquierdo. Lo raspó, lo agarró, lo anticipó y le habló. Hizo enojar a la fiera, quien miró al asistente un par de veces y le pidió que cobrara las faltas. A los 19 minutos y 35 segundos, rompió todo. Agarró la pelota pegado a la raya. Los mediocampistas Beñat y Rico se fueron acercando para reforzar el pressing sobre el costado. Superó en velocidad a su estampilla. Beñat lo esperaba. Frenó, cambió de apoyo y también se lo sacó de encima. El rápido cazador ya le miraba la cara de nuevo. Tocó la pelota por un lado y la fue a buscar por el otro. Cortito, con pleno control del balón. Beñat y Balenziaga ya le miraban el número. Mikel Rico aún podía taparle el paso. Cortó camino hacia el área y el pelado terminó pateando el aire. El zaguero francés Laporte se convirtió en la última esperanza vasca. Le mostró la pelota como si fuera un caramelo y, cuando lo tuvo cerquita, se la corrió y lo hizo girar como trompo. El central quedó mirando a su arco, a nada de ser el nuevo Boateng. Calibró el zurdazo. La puso entre el arquero Herrería y el primer palo. Pasaron ocho segundos entre la primera gambeta y el remate. El genio y el animal competitivo que conviven en la bestia festejaron en silencio. Sus compañeros se le tiraron encima. Pasarán los años. El golazo nos hará reír siempre. Un día Balenziaga se cansará de recordarlo: "era Messi, qué querés! Déjame de joder!".

Carta em defesa do Brasil, da Democracia e do Trabalho

 

Para: Ao povo brasileiro

O pacto político e social da Constituição de 88 está sob um ataque de exceção. Contra a política, contra os partidos, especialmente do campo da esquerda, contra os movimentos sociais.

Este ataque representa a maior ofensiva organizada pelas forças políticas da direita e pelo oligopólio da mídia conservadora, desde 1968.

A luta contra a corrupção, que deveria atingir de forma indistinta e igual quem viola a legalidade e desmoraliza a política e o Estado, está sendo instrumentalizada por setores conservadores e foi colocada a serviço de um projeto autoritário de restauração de uma democracia restrita e de redução das funções públicas do Estado.

Parte da direita não hesita em clamar pela intervenção militar, como se o Brasil fosse uma república bananeira, e as nossas forças armadas fossem feitoras dos interesses do capital financeiro. Promovem a contra-reforma política para manter o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos políticos e buscam terceirizar o Banco Central, pretendendo sua “independência” em relação ao Estado e sua submissão total à especulação globalizada.

Agendam a redução da maioridade penal e organizam ataques às conquistas das mulheres, negros e homossexuais. Incitam o ativismo judicial seletivo, antidemocrático, para desestabilizar o pacto político de 1988.

A direita e o grande empresariado promovem agora uma reforma penosa aos trabalhadores, para universalizar a terceirização, com um ataque severo às conquistas laborais do século passado. Aprovada, terá como efeito mais grave maior precarização das relações de trabalho e a redução de salários.

- A democracia: reforma política e dos meios de comunicação

No Brasil, a luta pela democratização da política assume, hoje, duas formas principais.
Primeiro, a luta contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e dos partidos políticos.
Segundo, a luta contra o controle plutocrático dos meios de comunicação, desrespeitando dispositivo constitucional que veda o monopólio e oligopólio.

Contra a decadência do sistema político, as esquerdas e as forças comprometidas com a democracia e com o avanço social precisam se unir em torno da reforma política e pela democratização dos meios de comunicação.

Unir-se pela verdadeira liberdade de imprensa, que implica no direito à livre circulação da opinião, normalmente censurada pelos oligopólios, e pela transparência e democratização das concessões para rádios e TVs, que hoje são feitas no subsolo da política nacional.

As duas reformas são fundamentais para controlar o papel que o dinheiro exerce como agente corruptor da democracia.

No que concerne à reforma política, o principal mecanismo de democratização de campanhas eleitorais e prevenção contra a corrupção é o bloqueio do financiamento empresarial de campanhas e partidos políticos.

No que tange à reforma dos meios de comunicação, para limitar o poder do dinheiro é necessário limitar a propriedade e o controle, em uma mesma área, de órgãos de comunicação controlados por um mesmo grupo empresarial.

O controle de grupos milionários e de políticos sem escrúpulos sobre meios de comunicação confere vantagens políticas que pervertem a cláusula democrática e deformam as eleições.

A agenda destas reformas nos unifica, imediatamente, no seguinte: a) proibição do financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais por empresas; b) a limitação do número de veículos de comunicação, por grupo empresarial, em uma mesma área geográfica.

- A democratização do desenvolvimento econômico e a rejeição da austeridade

Apesar da crise global, os defensores do projeto neoliberal não desanimam na defesa dessa utopia direitista e dos interesses que ela atende.

Seu ataque quer atingir o que diferenciou, no mundo, o desenvolvimento brasileiro na última década: a expansão de salários e direitos sociais; a formação de um mercado interno ampliado pelo aumento do consumo popular; a recuperação de alguma capacidade de planejamento estatal; a rejeição do projeto de integração subordinada à globalização neoliberal.

A direita emparedou o Governo da Presidenta Dilma Rousseff em função da dominação que o dinheiro exerce na formação da opinião, por meio dos oligopólios da mídia, aproveitando os erros cometidos na formação dos preços públicos, na manutenção de alguns subsídios, combinados com a elevação das taxas de juros e a retração do investimento público.

Todo ajuste ortodoxo de corte neoliberal se assenta em dois pilares: juros elevados e restrições orçamentárias para investimentos em infraestrutura e para programas de combate às desigualdades sociais e regionais.

O “ajuste” ? como proposto no Brasil - não toca nas desigualdades de patrimônio e renda, penaliza principalmente os trabalhadores e camadas sociais vulneráveis, fragiliza as forças progressistas diante do avanço das forças conservadoras.

O nosso “ajuste” deve ser outro. Deve garantir o crescimento com a ampliação dos investimentos para combater desigualdades sociais, regionais e gargalos produtivos. Deve potencializar um projeto de nação democrática e justa: a democratização da estrutura tributária brasileira é essencial para que o desenvolvimento soberano e inclusivo receba a contribuição dos que podem contribuir mais.
Nesse sentido, o Imposto de Renda deve ser reduzido para trabalhadores e camadas médias, mas majorado, progressivamente, para grandes salários e lucros distribuídos.

A tributação da riqueza acumulada deve contar com Imposto sobre as Grandes Fortunas e Grandes Heranças.

Finalmente, deve ser veementemente repelida a proposta de eliminar a independência do Banco Central em relação aos bancos que deve regular.

Depois do repúdio do povo brasileiro durante a campanha presidencial à proposta de um Banco Central “Independente” (em relação ao governo eleito), reavivá-la no Congresso Nacional é uma atitude que denota um enorme afastamento dos representantes do povo em relação aos interesses da maioria da nação.

A agenda mínima de reformas que nos unifica, imediatamente, quanto ao desenvolvimento, fundamenta-se no seguinte: rejeição da austeridade que é inepta para a retomada do crescimento; redução das taxas de juros; retomada do investimento público; reestruturação imediata do Imposto de Renda, com aumento das alíquotas para os muito ricos; taxação de Grandes Fortunas e Grandes Heranças; programa de largo alcance e qualidade técnica para combater a sonegação de impostos, políticas que devem ser debatidas na cena pública democrática, tanto no Parlamento como na relação direta do Governo com a sociedade.

- Participação direta da cidadania nas decisões sobre políticas públicas

A Constituição Brasileira abre a possibilidade de participação direta da cidadania (art. 14) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/1999) recomenda que os governos procedam discussões públicas sobre o Orçamento.

Esses preceitos ainda não se materializam em instituições e práticas efetivas. Consultas públicas, plebiscitos e referendos não devem ser eventos raros em uma democracia ampliada.

É necessário construir mecanismos que efetivem a participação direta e desenvolvam a democracia na definição de políticas públicas, prioridades orçamentárias e formas de financiá-las que ampliem a justiça social.

- Pela defesa da democracia, do trabalho e da soberania nacional

Diante do avanço da direita, é necessário pensar hoje não apenas na estabilidade e na governabilidade democrática, mas na defesa de um programa mínimo que unifique as forças sociais comprometidas com a defesa da democracia, do trabalho e da soberania nacional.

Para construir, debater e defender esse programa, é fundamental a constituição gradual de uma Frente Democrática pelas Reformas Populares. Uma Frente que aponte, nos processos eleitorais e nas lutas sociais, para uma nova governabilidade com base programática.

A formação desta Frente é uma tarefa política de toda a esquerda, com participação ampla da sociedade civil não organizada em partidos e membros de partidos.

Lutamos há décadas pela democracia contra as mesmas forças do atraso que, hoje, querem voltar a limitá-la. Lutemos em conjunto para que a democracia brasileira supere a nova ameaça reacionária, e atenda progressivamente aos anseios do povo brasileiro por menores desigualdades, mais direitos e oportunidades de vida digna.

O Fórum 21, organização da sociedade civil constituída em dezembro de 2014, organizou uma Carta em defesa de temas caros a todos nós. A comissão final de redação foi formada por Luiz Gonzaga Belluzzo, Ladislau Dowbor, Leda Paulani, Reginaldo Moraes e por Pedro Paulo Zahluth Bastos. A Carta tem apoio dos movimentos sociais abaixo listados que também apoiaram o manifesto lido no Senado Federal na semana do dia 18 de maio de 2015 pelo Sendor Lindberg Farias. A Carta amplia os temas do manifesto para discutir outras reformas populares e conclama as forças de esquerda para formar uma frente para defendê-las.

Se concordar com seus termos, por favor subscreva este documento por meio da Petição Pública.


ENTIDADES

Adere (Articulação dos Empregados Rurais de Estado de Mg)
Associação de Mulheres de Viamão Maria Quitéria - Presidenta: Joice Dutra
CUT Nacional – Central Única dos Trabalhadores – Executiva Nacional
Coletivo Brasil de Comunicação Social Intervozes
Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé
Consulta Popular
Federação das Mulheres Gaúchas - FMG - Presidenta: Adriana Damasceno
Feremg (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de Minas Gerais
Levante Popular da Juventude
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo –MTC
MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Nação Hip Hop Brasil
Observatório da Mulher
Sindicato dos Assalariados Rurais da Região Sul De Minas Gerais
Sindicato dos Assalariados Rurais de Conceição Do Rio Verde Mg
Sindicato dos Assalariados Rurais de Guapé
Sindicato dos Assalariados Rurais de Tres Corações Mg
Sindicato dos Assalariados Rurais e Eloi Mendes
Sindicatos dos Assalariados Rurais de Carmo de Minas
UNE – União Nacional dos Estudantes


ASSINAM ESTE DOCUMENTO:

Alfredo Saad Filho – Professor Associado - Universidade de Londres; ex- Senior Economics Affairs Officer da UNCTAD (ONU)
André Vitor Singer – Professor Associado - USP
Boaventura de Souza Santos - Centro de Estudos Sociais (Universidade de Coimbra) e University of Wisconsin-Madison
Emir Sader - Prof. da UFRJ, UERJ e USP
Fábio Konder Comparato – Advogado, escritor e jurista
Fernando Morais - Escritor
Frei Betto – Teólogo e Jornalista
Gabriel Lira - Secretário Geral do Instituto Brasileiro do Estado de Direito e da Democracia
Jorge Mattoso – Professor Doutor da UNICAMP; ex-presidente da Caixa Econômica Federal
José de Felippi Jr - Secretário Municipal da cidade de São Paulo
Juarez Tavares – Jurista, Prof. Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Professor visitante da Universidade de Frankfurt
Ladislau Dowbor – Professor Titular – PUC
Leda Paulani – Professora Titular – USP; ex-Presidenta da Sociedade Brasileira de Economia Política
Leonardo Avritzer - Professor Titular da UFMG, ex-presidente da Associação Brasileira de Ciência Política
Leonardo Boff – Teólogo e Professor Universitáro
Lindbergh Farias - Senador (PT-RJ)
Luis Carlos Bresser-Pereira – Ex-Ministro da Fazenda, da Administração Federal e Reforma do estado, e de Ciência e Tecnologia, Professor da FGV-SP
Luiz Gonzaga Belluzzo – Professor Titular – UNICAMP
Marcio Pochmann – Professor Titular – UNICAMP; presidente da Fundação Perseu Abramo; Ex-Presidente do IPEA
Margarida Salomão - Deputada Federal PT-MG
Maria Victoria Benevides - Professora Titular da Faculdade de Educação da USP
Niemeyer Almeida Filho - Professor Titular - Universidade Federal de Uberlândia - Presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política
Paulo Pimenta – Deputado Federal, Presidente da Comissão de Direitos Humanos
Paulo Teixeira - Deputado Federal do PT
Pedro Paulo Zahluth Bastos – Professor Associado – UNICAMP, ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica
Pedro Estevam Serrano - Professor da PUC/SP
Randolfe Rodrigues - Senador pelo PSOL-AP
Reginaldo Moraes - Professor Titular UNICAMP e Fundação Perseu Abramo
Rosa Maria Marques - Professora Titular – PUC – SP
Samuel Pinheiro Guimarães – ex-Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores
Sebastião Velasco e Cruz – Professor Titular - UNICAMP
Tarso Genro - Ex-governador - RS, Ex-ministro da Educação, da Justiça e das Relações Institucionais
Vagner Freitas – Presidente da CUT Nacional
Vanessa Petrelli Corrêa - Professora Titular - Universidade Federal de Uberlândia; Ex-Presidenta do IPEA
Virgínia Barros - Presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE)
Wadih Damous - deputado federal PT/RJ e ex presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro

Aderbal Farias Magalhães - Professor aposentado UNICAMP
Airton Paschoa - Escritor
Altamiro Borges - Centro de Estudos Barão de Itararé
André Biancarelli – Professor Doutor - UNICAMP
Andrei Koern - USP
Antonio Lassance - Cientista Político
Breno Altman - Jornalista
Camilo Vannuchi - Jornalista
Carlos Punkusfeld - Professor da UFRJ
Celio Hiratuka – Professor Doutor - UNICAMP
Célio Turino - Historiador e escritor
Edson Aparecido da Silva - Sociólogo
Esther Bermerguy de Albuquerque - Consultora
Eva Gonçalves Magalhães - Professora aposentada da UNICAMP
Fábio Sá e Silva - research fellow, Harvard Law School
Fernando Augusto Mansor de Mattos - Professor Doutor – UFF
Flavio Wolf Aguiar - Escritor, Prof. aposentado da USP
Gonzalo Berron - Cientista Político
Ivana Jinkings - Diretora da Boitempo
Jean Tible - Professor da USP
João Feres Junior - Editor do Manchetômetro e prof. da UERJ
Joaquim Ernesto Palhares - Jornalista
José Augusto Valente – Especialista em Logística e Transporte
José Luiz Del Roio - Militante Político
Laurindo Leal Filho - USP
Laymert Garcia dos Santos - Prof. da USP
Léa Maria Reis - Jornalista
Leneide Duarte-Plon - Jornalista
Luiz Alexandre Lara - Arquiteto Urbanista
Luiz Renato Martins - ECA-USP
Magda Barros Biavaschi - Desembargadora aposentada do TRT4
Marcos Aarão Reis - Jornalista
Mari Perusso - coordenadora bancada estadual PT –RS
Maria Goretti Nagime Baros Costa - Advogada
Maria Inês Nassif - Jornalista
Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach - Procuradora do Estado de SP
Maria Marta Azzolini - Psicanalista
Maria Rita Bicalho Kehl - Psicanalista, jornalista, ensaísta, poetisa e crítica literária
Maria Rita Garcia Loureiro – FGV/SP
Martônio Mont'Alverne Barreto Lima – Prof. Titular na UFC
Nilce Aravecchia Botas - Prof. da FAU USP
Ofélia Lopes - Prof. Aposentada Jorge Luiz Souto Maior - Professor Faculdade Direito USP
Pedro Rossi - UNICAMP
Rachael Moreno – Consultora
Reginaldo Mattar Nasser - Chefe do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP e Prof. do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP e PUC-SP)
Ricardo Musse - Prof. da USP
Rodrigo Vianna - Jornalista
Rubem Leão Rego - UNICAMP
Sonia Irene Silva do Carmo - Professora universitária aposentada
Valdizar Pinto do Carmo - Jornalista aposentado
Waldir Quadros – Ex-Professor da UNICAMP – Atual Coordenador do curso de Relações Internacionais – FACAMP
Walquiria Leão Rego - UNICAMP

sábado, mayo 30, 2015

SE ACABO LA LIDEREZZA CATETA...

Susana Díaz se descarta para las primarias a la Moncloa y deja vía libre a Pedro Sánchez

  "No voy a entrar en ese proceso ahora", confirma la presidenta andaluza, que insiste en que ella está "con los problemas de la gente". Sánchez podrá ser proclamado candidato presidencial el 21 de junio si no tiene rival. Madina protagoniza uno de los discursos menos complacientes.

POR FAVOR QUE LA INGRESEN EN UN PSIQUIATRICO

Alfons Domingo

La cantante Rihanna está de visita en Cuba .

Su estancia en la Isla coincide con lo que parece ser la grabación de un video musical en varias localizaciones de La Habana
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La cantante barbadense Robyn Rihanna Fenty, más conocida como Rihanna, se encuentra de visita en Cuba, y desde su llegada a la Isla ha captado la atención de cientos de cubanos y de la prensa internacional.
De acuerdo a la información publicado en la página web del restaurante habanero La Fontana, la estrella de la música hip-hop llegó el pasado miércoles y fue a la conocida paladar en busca de comida tradicional.
La también actriz y modelo disfrutó además de la música cubana y bailó con el quinteto Son3men2, agrupación de La Fontana, que tocó para ella varios clásicos como "La Guantanamera".
Fuentes consultadas por la prensa confirmaron que la intérprete de "Diamonds" y "Stay" llegó ayer a las 4 y 45 de la tarde en un vuelo privado procedente de Miami.
Su estancia en Cuba coincide con lo que parece ser la grabación de un video musical en varias localizaciones de La Habana.
Las siguientes imágenes fueron tomadas durante su visita al restaurante La Guarida, y aparecieron en el sitio digital Rihanna Daily.
Desde que Estados Unidos y Cuba anunciaron el restablecimiento de las relaciones entre ambos países, varios estadounidenses han podido a viajar a la Isla legalmente y sin las dificultades del pasado, entre ellos, las 'celebrities' Paris Hilton y Naomi Campbell.

NO HAN SABIDO GANAR Y MENOS PERDER

AGRESIONES A VARIOS PERIODISTAS

Fracaso de la concentración "contra un Madrid comunista" en Colón

Se han manifestado con banderas españolas y han coreado consignas como "no queremos a Podemos", "comunistas no", "fuera, fuera, fuera" o "España, España, España"

Foto: Manifestantes contra un Madrid comunista en Colón (Foto: Daniel Muñoz)
Manifestantes cubanos "contra un Madrid comunista" en Colón (Foto: Daniel Muñoz)
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Apenas unas decenas de personas han secundado este mediodía una concentración en la plaza de Colón madrileña convocada mediante mensajes de WhatsApp con el encabezamiento "Madrid no es comunista" y terminados con un "¡Pásalo!", en la que se han producido agresiones físicas y verbales contra los periodistas. El objetivo de la manifestación era mostrar su rechazo ante la más que probable llegada de Ahora Madrid (la candidatura liderada por la exjueza Manuela Carmena) a la Alcaldía de la capital.

Según ha comprobado Efe, un pequeño grupo de manifestantes ha zarandeado a un cámara de laSexta y ha roto la cámara de un reportero del Huffington Post, por lo que la Policía, que ha identificado a varias personas, se ha interpuesto entre los periodistas y los concentrados, que han continuado con insultos y amenazas como "os vamos a quemar vivos" o "así os peguen un tiro".

THE WALKING DEAD

 Rajoy realidad 2
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viernes, mayo 29, 2015

La segunda transición española

Las elecciones municipales y autonómicas de España comenzaron a dibujar otro mapa del poder en España. El Partido Popular y el PSOE, que dominaban la escena desde el fin del franquismo, hoy sumados apenas superan el 51% de los votos. El giro, con matices, es hacia la izquierda
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Finalmente ocurrió: los españoles, en elecciones locales, comenzaron a demoler los cimientos del bipartidismo, una de las herencias más sólidas de la transición que vivió el país en la segunda mitad de los años setenta.

En las elecciones del domingo pasado, el Partido Popular dejó unos 2,5 millones de votos en el camino. Una cifra demasiado relevante si se tiene en cuenta que, en total, votaron el domingo unos 22 millones de ciudadanos en toda España.

Por el contrario, el PSOE, que ya había sufrido una merma importante en las elecciones anteriores, no salió tan debilitado en parte gracias a la renovación parcial que hizo de su dirigencia en los últimos tiempos.

Así, un primer dato de la elección es que, después de casi tres décadas, la derecha española parece obligada a una renovación profunda de sus cuadros políticos. La era de los Aznar, Rajoy y Esperanza Aguirre (esta última candidata por Madrid), llegó a su fin. Es probable que, en ese marco, la hasta ahora segura candidatura de Rajoy para presidir otro ciclo de gobierno a partir de 2016, sea revisada por la orgánica del partido.

El segundo dato es, desde ya, la irrupción de nuevas fuerzas políticas. Barcelona y Madrid, las ciudades capitales más emblemáticas del país, tendrán dos alcaldesas mujeres de izquierda con un discurso abiertamente rupturista respecto al sistema político y las reformas neoliberales.

Más allá de la fama que cobró en los últimos tiempos el emergente político más importante del último año, Podemos, no fue un protagonista en esta jornada, aunque su papel de aquí a fin de año será central.

La explicación no es del todo sencilla. Por un lado, después de que irrumpieran con casi el 10% de los votos en mayo de 2014 en las elecciones europeas, Podemos se constituyó como partido, eligió autoridades y definió una estrategia electoral para llegar a la Moncloa en el 2016. En esa estrategia, se impuso el criterio de que no se presentarían a estas elecciones municipales con su propio sello, sino que impulsarían candidaturas de “unidad popular”, cercanas ideológicamente, afines al movimiento del 15M y a las luchas contra los desahucios (desalojos de viviendas) y los recortes sociales.

Esta decisión partía de asumir que una formación tan nueva, surgida de un pequeño grupo de docentes universitarios de la carrera de Ciencias Políticas de la Universidad Complutense no podía darse en pocos meses una estructura que les garantizara una representación fidedigna del partido en todo el territorio español, en cada municipio.

Sin embargo no hay forma de entender los triunfos en Madrid y Barcelona sin el apoyo social que concitó Podemos en los últimos tiempos. Fueron ellos quienes hicieron posible que un discurso que parecía más ligado a las aulas universitarias de izquierda, impregne como nuevo sentido común ciudadano. Podemos ha sabido ponerle nombre a las cosas, ubicar responsabilidades políticas donde sólo había fatalidad económica.

El cambio es relevante: en el caso de Madrid, la derecha gobernaba ininterrumpidamente la ciudad desde 1991. La actual alcaldesa era nada menos que Ana Botella, esposa de José María Aznar. María Esperanza Aguirre, candidata a sucederla, era una de las figuras más relevantes del partido.

En Barcelona, la candidatura de Ada Colau, destacada militante social ligada a los movimientos antiglobalización a comienzos de los 2000 y a los movimientos contra el desalojo de viviendas en los últimos años, logró desbancar al independentismo catalán, que parecía hegemónico poco tiempo atrás.

Las implicancias de la elección son varias, pero las anotadas ya muestran que el escenario español se encuentra en medio de un cambio gigantesco sólo comparable a lo que sucedió durante los años de la transición democrática, donde un nuevo sistema político se configuró entre las fuerzas democráticas que impulsaban la apertura y un franquismo en retirada, pero lo suficientemente fuerte para condicionarla.

¿Cuáles serán los colores de esta segunda transición española? ¿Habrá, como imaginan muchos, un gobierno “popular”, conducido por Podemos a partir de 2016? ¿Tendrá el sur de Europa un segundo gobierno anti ajuste que acompañe al hasta ahora solitario Syriza griego? Faltan pocos meses para tener las respuestas.
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Locro: la herencia de los dioses incas

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Está hecho de alimentos milenarios americanos como el maíz, el zapallo, el poroto y la papa. Cambió con los españoles.   Sus tres elementos básicos tienen origen milenario. Y dentro de la cultura de los pueblos andinos hasta se los considera alimentos sagrados. Es que tanto el maíz, como el poroto y el zapallo contienen una indudable impronta del mundo prehispánico que imperó en estas tierras, cuando todavía no se llamaba América. Después, el agregado de las carnes que llegaron con los conquistadores lo cambió y lo hizo símbolo en muchos países, aunque las recetas varíen de acuerdo con cada cultura. Aquí lo conocemos como locro y es un baluarte gastronómico, sobre todo en las fiestas patrias.
Dicen que ese guiso original de los pueblos andinos se conocía como rukru o lukru y que la base vegetal era invariable con esos tres elementos que le aportaban almidón y generaban su cremosidad característica. En algunas ocasiones la base era la papa, otro alimento originario de estas zonas. Lo conocían como yankalla papa lukru. Pero el color amarillo, característico del locro, siempre lo aportaba ese zapallo redondo de cáscara dura y gris, al que se conoce como zapallo plomo. También, los historiadores recuerdan que esos pueblos originarios solían utilizar el fruto de una planta trepadora llamada caygua, así como dos algas típicas de la región andina conocidas como cochayuyo y murmuntu.

Y aunque no se descarta que en los preparados se haya usado charqui de llama (carne secada con sal), lo cierto es que las carnes de vaca, pollo o cerdo recién se incorporan a la preparación cuando los españoles traen esos animales a América. Así aparecen los embutidos (chorizos de distinta factura), las vísceras (como el mondongo o la tripa gorda) y las menudencias del cerdo, como orejas, patitas y hocico de los animales. Algunos creen que el uso de estos últimos elementos era producto de la pobreza y la gente más humilde aprovechaba esas partes que se tiraban. Lo que nunca cambió fue el hecho de que las carnes siempre debían cocinarse aparte de los elementos vegetales, y todo a fuego muy lento.

De acuerdo con la consistencia que tenga, el locro puede ser “pulsado” (bien denso) o huaschalocro (del quechua wakcha lukru), que es más liviano y, por lo general, sin carne. Lo que está claro es que, cualquiera sea su densidad, el alimento siempre incluye una salsa picante hecha con aceite o grasa derretida, ají molido, pimentón, cebolla de verdeo bien picada y sal. Esa salsa se agrega por encima cuando el locro ya está servido en el plato. El ideal, afirman, es que el recipiente sea una pequeña cazuela o cuenco de barro cocido.

Es obvio que, por su valor calórico y su salsa picante, el locro es una comida para climas con baja temperatura. Y en esas culturas ancestrales, como la de los Incas, se tenía como un privilegio el consumo del “purutu”, el “sapallu” y el aporte del grano que les daba la “Mama Sara” (la diosa y madre del maíz). Aquellos alimentos eran fundamentales porque se los había entregado el inca Wirakocha, dios supremo y creador de todas las cosas. También aztecas y mayas eran consumidores de estos productos que les otorgaba la tierra.Como se ve, el pasado de aquel alimento viene de una profundidad que lleva siglos.

Un ejemplo también surge de otra preparación en la cual el maíz mantiene un rol protagónico. Se hace con maíz blanco partido, agua, azúcar y vainilla en rama. Algunos la prefieren con leche. Se la conoce como mazamorra. En las representaciones de las fiestas escolares, como la tradicional del 25 de Mayo, siempre estaba la vendedora callejera que ofrecía “mazamorra caliente, que quema los dientes”. Muchos tradicionalistas consideran que la mazamorra es “el pan de los pobres”. Pero esa es otra historia.

jueves, mayo 28, 2015



"Podemos" e IU después de las elecciones

El nudo de Julio Anguita


Cuarto Poder


Porque los dioses perciben el futuro, los hombres el presente y los sabios lo que se avecina (Filóstrato, según Cavafis)
A Julio Anguita le han construido una imagen de doctrinario y de pésimo táctico. No es verdad. El antiguo coordinador de IU tenía principios sólidos que nunca aplicó dogmáticamente, pero, sobre todo, tenía y tiene un gran olfato político para ver lo nuevo que emerge y traducirlo en votos. No fue casual que los jóvenes del 15M lo admitieran como interlocutor, y lo hizo a su manera, es decir, sin halagar y entrando en un diálogo franco y leal. Tampoco fue casual el surgimiento del Frente Cívico. Izquierda Unida, siempre temerosa, dejó pasar la iniciativa sin sacar las consecuencias políticas debidas. Pablo Iglesias lo entendió a la primera y lo convirtió en el núcleo del discurso político de Podemos.
Un mes, más o menos, antes de las elecciones, Anguita escribió un artículo valiente y extremadamente audaz con el título de “El nudo gordiano”. Lo que venía a decir es claro: expresar la enorme preocupación ante una izquierda que no está a la altura de las dramáticas circunstancias de nuestro país y proponer la creación de una nueva formación política más allá de IU y del PCE. Me temo que este artículo será tratado como los anteriores, es decir, dejarlo pasar y que el tiempo lo haga olvidar. Un error más de los pusilánimes de turno, porque, se esté de acuerdo o no con él —yo lo estoy— el debate merece la pena y puede clarificar mucho los dilemas estratégicos de las fuerzas que, en uno u otro sentido, impulsan lo que hemos llamado la unidad popular.
Todo esto —parece evidente— tiene que ver con el análisis y la valoración de las elecciones municipales y autonómicas celebradas hace unos días, en el marco de un ciclo que terminará en noviembre de este año. Nos referimos a unas elecciones singulares que encuentran a las llamadas fuerzas emergentes en condiciones especialmente complicadas. Inventarse organizaciones, desarrollarse territorialmente y generar centenares de candidaturas en poco más de un año no es nada fácil. Esto obliga a entender estas elecciones como la continuación de un ciclo iniciado en las europeas y que terminarán con las generales. Al fondo, el 15M.
Los resultados entraban —podríamos decirlo así— en el marco de lo previsible. En primer lugar, derrota política del Partido Popular. La derecha pierde votos, pero sobre todo, va a perder poder, mucho poder. Es cierto que el PP sigue siendo la primera fuerza política del país y debe suscitar reflexión preguntarse cómo y por qué se sigue votando a una formación política ligada estructuralmente con la corrupción. En segundo lugar, el bipartidismo retrocede pero se resiste en clave PSOE. La estrategia de Pedro Sánchez se ha mostrado acertada, polarizarse claramente con la derecha y frenar por la izquierda a Podemos. Frente a los que opinaban que era el momento de “la gran coalición” y que había que moderar la confrontación, el secretario general del PSOE entendió que esto era suicida y que dejaba a Podemos un amplísimo espacio electoral.
Conviene aquí no confundirse demasiado. Polarizarse con el PP es buscar el eje derecha- izquierda como referencia, sabiendo que, al final, se pedirá, como siempre, el voto útil y la necesidad de sumar todos los apoyos a la “izquierda” capaz de impedir el triunfo de la derecha. El “relato” es claro: o se vota al PSOE o gana la derecha. Este ha sido el chantaje discursivo durante más 30 años que Izquierda Unida no pudo, casi nunca, superar.
Todos sabíamos que la táctica del voto útil escondía una trampa que era relativamente fácil de desvelar: si a la izquierda del PSOE crecían fuerzas con proyectos alternativos, estos, los socialistas, tendrían que decidir si estaban por seguir pactando con los poderes económicos o —era la clave— girar a la izquierda y propiciar políticas en favor de las mayoría sociales y, específicamente, de los trabajadores y trabajadoras. Lo fundamental —todos lo sabemos— era un sistema electoral que forzaba al voto útil y dejaba a las fuerzas realmente de izquierdas fuera de las opciones con posibilidades reales.
Aquí se ve, una vez más, que el verdadero partido del régimen es el PSOE, ya que asegura como nadie que los que mandan y no se presentan a las elecciones puedan obtener un consenso lo suficientemente amplio para que en ningún momento se cuestione el modelo económico y de poder vigente. El partido de Pedro Sánchez, aún perdiendo más de 600.000 votos, sale fortalecido de estas elecciones, lo que le va a servir de plataforma para encarar razonablemente las generales. Los que mandan habrán tomado ya nota.
Podemos se consolida territorialmente y se desarrolla orgánicamente. De nuevo, el juego entre expectativas y realidad acaba pasando factura. Estas eran las elecciones más difíciles para el partido de Pablo Iglesias y las ha pasado con una nota alta. Hay que analizar caso por caso y no confundir las elecciones autonómicas con las municipales, aunque ambas han estado íntimamente relacionadas. En algunos lugares las municipales han tirado de las autonómicas y, en otros casos, las han frenado o incluso las han hecho retroceder. A la inversa también ha ocurrido.
Podemos, en las comunidades autónomas y en decenas de ciudades, va a acumular poder institucional y mucha influencia política; ahora bien, los dilemas a los que se enfrenta no serán pequeños. En diversos lugares tiene escaños suficientes para, junto con el PSOE, echar a la derecha y propiciar una nueva situación política. El otro lado de la contradicción es también evidente: se pacta con el principal competidor electoral y parte decisiva del bipartidismo —más o menos imperfecto— dominante. “Cerco mutuo y guerra de posiciones”, este es el escenario de una batalla política y estratégica donde se juega, ni más ni menos, la enésima restauración borbónica o el cambio real, es decir, la ruptura democrática. También hay que tomar muy en cuenta —no es poca cosa— que el campo de las fuerzas de la transformación real se ha hecho más plural, más heterogéneo, y que forjar la alternativa, no la simple alternancia de los partidos del turno dinástico, será una tarea compleja y llena de dificultades.
Los resultados de Izquierda Unida han sido aún peores de los que auguraban las encuestas. Resultaron patéticos, en la noche electoral, los esfuerzos del coordinador por maquillar los pésimos resultados de las autonómicas oponiéndoles los buenos de las elecciones municipales, sin darse cuenta de que, con ello, se ponía de manifiesto el verdadero problema: IU tiene una excelente organización y carece de (dirección) política. Para decirlo más claramente, cuando se trata de organizar, de montar centenares de listas y presentar candidaturas, los hombres y mujeres de IU se sobran y se bastan, incluyendo las decenas de candidaturas de unidad popular; se podría decir, sin exagerar demasiado, que no necesitan de la dirección; lo saben hacer y punto.
El problema reside en que cuando pasamos a las elecciones autonómicas, la política, la buena política, la dirección adecuada y la táctica justa, cuentan y mucho. Las carencias de la dirección federal —su no política unas veces o sus políticas equivocadas otras— perjudicaron el discurso de las autonomías y sus opciones electorales. Cuando se ha tenido política, esta no ha sido otra cosa que racionalización del repliegue identitario, muchas veces trufado de un discurso anacrónico, que por serlo, siempre apareció postizo y sin alma.
Seguramente, el dato más relevante es el avance de la unidad popular, reflejada ejemplarmente en Madrid y en Barcelona, destacadas expresiones de centenares de candidaturas construidas paciente y tenazmente en todo el país, en condiciones —justo es subrayarlo— duras, a veces, extremadamente duras. Donde estas se han organizado democráticamente, respetando la pluralidad y superando las prepotencias y sectarismos, han funcionado y se convierten en el dato más relevante de nuestra realidad política vista desde abajo y desde la alternativa democrática.
No conviene olvidarlo en esta hora: centenares de militantes y activistas de IU han estado por delante y por detrás de estas candidaturas de unidad popular, la mayoría de las veces contra el criterio de sus direcciones y teniendo que soportar todo tipo de coacciones, amenazas y, al final, expulsiones; sí, hay centenares de afiliados excluidos de la organización en todo el país por defender lo aprobado en la X Asamblea de IU. Ahora, después de las elecciones, Cayo Lara les dice que lo que ha ganado es la convergencia y la unidad popular, es decir, aquello por lo que muchos han sido marginados o excluidos por las distintas direcciones. Una vieja historia; se deja pasar la pelota y no al jugador.
Es hora de volver a Julio Anguita. El fondo del asunto es simple y coherente con su modo de ver la política de este país desde su reflexiva soledad cordobesa: hay que construir la alternativa, para ello hace falta organizar un proyecto autónomo con voluntad de poder; el tiempo apremia y la unidad no tiene espera. Nos lo jugamos todo en poco tiempo y todos debemos hacer los deberes que nos tocan. A Podemos le toca la responsabilidad de estructurar el bloque nacional-popular sabiendo que solo no podrá. A IU le toca “refundarse”, es decir, fundarse de nuevo. No es tan difícil de entender: el proyecto histórico de Izquierda Unida no cabe ya en esta forma-partido que ha devenido en las siglas IU. Llorar lo justo y abrirse a lo nuevo que surge en nuestra sociedad y que ha venido para quedarse.

Fuente original: http://www.cuartopoder.es/cartaalamauta/2015/05/27/podemos-e-iu-despues-de-las-elecciones-el-nudo-de-julio-anguita/57

Roberto Rapalo opina:

 
    Lo notable es que ese artículo de Anguita, El Nudo Gordiano,  se publicó y lo leí en Palabra Obrera,  el diario del PCE. Por algo lo publicaron, como no saben que hacer tienen que mostrar que no son renuentes a buscar un camino nuevo y como ellos no lo generan , bueno, y como Anguita es de confianza, lo publicaron, pues.
    Creo que Paco Frutos y toda la dirección actual del PCE son más lentos que una tortuga renga, y esa lentitud, ese inmovilismo, ese negarse a ver o no poder ver las cosas nuevas, es propio de todas las burocracias. Los burócratas del PCE, de todos los PC, son pequeños Papas, le hacen creer a sus fieles que son infalibles, ellos terminan creyendo también que lo son,  y como la realidad constantemente genera novedades, cuando aparece algo nuevo no saben que hacer. Eso pasó siempre, desde Stalin inmovilizado junto a sus fieles generales idiotas cuando los primeros meses del ataque alemán, los burócratas rusos que no supieron ligar su industria a los descubrimientos de sus sabios y técnicos...en fin, la historia está llena de ejemplos. 
    Es que los burócratas tienen que tener, por lógica, cuadros medios burocráticos, ya que si no lo fueran les cuestionarían y desplazarían, entonces se llenan de cuadros medios que son súbditos ignorantes y ventajeros corruptos, cuya garantía de permanencia en sus puestos es que nada cambie. El sistema burocrático no es fruto del error de una cúspide dirigente, es todo un sistema impenetrable que cada día que pasa necesariamente tiene que ser más burocrático. El resultado está a la vista: Gorbaachov, Yelsin y la caída del primer y heroico estado proletario. ¿Introducir en el PCE el sistema de discusión y elección de autoridades de Podemos, que, como bien lo señala Esperancita, es el sistema de los soviets? Creo que es imposible, ojalá me equivoque.

Roberto Rapalo Blanco

8:32 (hace 9 horas)



desde la sombra de CONVOCATORIA POR MADRID

Tania Sánchez, la gran triunfadora del 24-M

La exdiputada de IU abandonó la coalición con un único objetivo: promover las candidaturas de unidad popular. Desde Convocatoria por Madrid ha tejido estos procesos con excelentes resultados
Foto: Tania Sánchez durante un desayuno informativo. EFE

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MENSAJE PARA LA VIEJA ZURDA

miércoles, mayo 27, 2015

Rajoy acepta cambios en el Gobierno y en el PP

El constructor Villar Mir dice que las tesis de Podemos ponen en peligro la recuperación

"Les veo condenados a estar en la oposición mientras subsistan como partido", asegura el presidente de OHL

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El presidente del Grupo OHL, Juan Miguel Villar Mir, durante la rueda de prensa previa a la junta de accionistas. EFE/Sergio Barrenechea
El presidente del Grupo OHL, Juan Miguel Villar Mir, durante la rueda de prensa previa a la junta de accionistas. EFE/Sergio Barrenechea

En La Jornada de Mexico se nombra expresamente al corruptor y consultor del presidente Rajoy.
 
El presidente de OHL, Juan Miguel Villar Mir, ha denunciado que su filial, presente en México desde 1979, está siendo objeto de una campaña de difamación y que no se han cometido irregularidades. Hasta la fecha no se ha hecho pública ninguna de las investigaciones internas anunciadas por OHL.
A lo largo de las tres conversaciones subidas en Youtube, hay constantes referencias a supuestos pagos a jueces y la forma de realizarlos, a fin de no dejar constancia contable. Aunque no todas las alusiones son claras, las escuchas implican indirectamente al presidente de OHL México, José Andrés de Oteyza, y a Villar Mir miembro del ultimo gobierno de Franco.

YO ME LOS COMO A TODOS...

No pudo von Bismarck,tampoco Hitler,pero yo me como Europa entera...para eso mi padre era Pastor y yo me eduqué en Alemania comunista y fui de la Stassi.

HAY QUE SEGUIR POR EL MISMO CAMINO

martes, mayo 26, 2015

ASI QUEDARON LOS CORRUPTOS DE ESPAÑA......PERO SIGUEN VIVOS

Elecciones salvajesEl general  chino Sun Tzu escribio en el 600 antes de nuestra epoca que no se avanza si  atrás uno deja enemigos vivos...

lunes, mayo 25, 2015

LAS VICTIMAS DEL FRANQUISMO

Entrevista exclusiva a Servini de Cubría

“Me impacta el miedo a declarar de las víctimas”

La jueza investiga desde 2010 en Buenos Aires el genocidio y los crímenes de lesa humanidad perpetrados durante el franquismo. La instrucción avanza a pesar del permanente rechazo a colaborar de las autoridades españolas.



La jueza María Romilda Servini.
La jueza María Romilda Servini.
La jueza María Romilda Servini de Cubría se ha convertido en la magistrada argentina más conocida en España. Instruye desde Buenos Aires la causa que investiga los crímenes del franquismo, única en el mundo. Suele ser renuente a dar entrevistas, y es también cuidadosa a la hora de extenderse en sus respuestas. Frente a la periodista, habla poco y mira de vez en cuando a quien la observa a su vez sin perder detalle: su secretario Alfredo Mangano, la persona en la que quizás más confía dentro de su juzgado.

Servini es una jueza muy singular por su trayectoria, prolífica y compleja. Fue la primera magistrada de su país en restituir a dos menores apropiados durante la dictadura cívico militar (1976-1983), y también dice ser la única magistrada que abrió las puertas de su juzgado a Abuelas de Plaza de Mayo durante aquellos años. En sus 25 años como jueza federal, ha recuperado la identidad de otros doce nietos, incluido el de la titular de Abuelas, Estela de Carlotto. Su juzgado tramita alrededor de 80 procesos referentes a la búsqueda de hijos de desaparecidos.
Si hay una constante en el juzgado de Servini son las causas sobre delitos de lesa humanidad. Pese al indulto del presidente Carlos Menem que lo protegía, en 1998 detuvo con prisión domiciliaria al comandante Emilio Massera, integrante de la Junta militar que dio el golpe de Estado junto a Jorge Videla. Tres años después, solicitaba a la Justicia de Chile la detención del dictador Augusto Pinochet por su vinculación en el asesinato del general Carlos Prats y de su mujer Sofía Cuthbert, asesinados en 1974 en el marco de la operación Cóndor.
“No estamos acostumbrados a que la gente, en derechos humanos, tenga miedo"
La jueza acostumbra a enlazar su apellido con el de su marido fallecido en 2010, el brigadier Tomás Cubría, que fue retirado en 1977 por decisión del tercer integrante de la Junta que dio el golpe de Estado, Ramón Agosti.

Procedente de San Nicolás (provincia de Buenos Aires), Servini llegó muy joven a la capital argentina para terminar sus estudios de Escribanía y Derecho. Con 37 años, fue la primera mujer en ingresar a la Justicia penal como defensora pública. Dos años después, en 1976, fue promovida como jueza de instrucción. Y en 1990, ya con Menem en el poder, fue ascendida a jueza federal en el juzgado más político por excelencia, el número 1, que tiene a su cargo la justicia electoral.

Le llegó la fama fuera del ámbito judicial en 1991, por un caso de lavado de dinero proveniente del narcotráfico que involucraba a la cuñada de Menem, Amira Yoma, y que desveló el semanario español Cambio 16.  Aquel escándalo político adquirió públicamente el sobrenombre de Yomagate. Sancionada por la Corte Suprema por haber cometido irregularidades, Servini fue apartada de la causa. El Congreso, de mayoría peronista, la salvó de una docena de juicios políticos. Todo este periodo opacó su prestigio, siendo acusada de ser “menemista” hasta por el propio expresidente Néstor Kirchner en 2003.
La jueza con sus ayudantes y los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
La jueza con sus ayudantes y los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
Servini provocó además una de las anécdotas más recordadas de la televisión argentina al interponer un recurso de amparo contra el famoso cómico Tato Bores para no ser nombrada en su programa. El artista sorteó la censura llevando al estudio de televisión a actores, músicos y periodistas que cantaron a coro "la jueza Barú Budú Budía es lo más grande que hay", en socarrona referencia a la magistrada.

Servini es menos reconocida en el imaginario social por haber irrumpido en persona en las sangrientas protestas en la Plaza de Mayo durante la crisis de 2001 y haber ordenado a la policía que terminara con la represión del Gobierno de Fernando de la Rúa.

El 14 de abril de 2010 cayó en su juzgado una querella para que investigara el genocidio y los crímenes de lesa humanidad perpetrados desde el 17 de julio de 1936 hasta el 15 de junio de 1977, fecha de las primeras elecciones democráticas en España. En base a un dictamen del fiscal Federico Delgado, Servini se excusó de intervenir. La contradijo la Cámara Federal en septiembre de ese año, obligándola a mandar un exhorto al Gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero para averiguar si en España se estaban investigando los delitos del franquismo.
"La querella está queriendo una reparación. Los imputados, una defensa. Esto tiene que tener un final”
El corazón de la causa

Así comenzó este proceso que en sus cinco años de vida ha conseguido que pese una orden de extradición contra 20 imputados españoles –tres fallecidos–, que ha invitado a denunciar los crímenes franquistas a través de los consulados argentinos, que ha individualizado a más de 4.500 víctimas, y que ha motivado a una jueza a viajar a España para recoger en persona declaraciones testimoniales sobre desapariciones y otros crímenes.
“Aquel viaje fue muy bueno”, recuerda Servini. “Nos dieron mucho apoyo y nos atendieron muy bien, salvo una jueza en Málaga que no nos recibió y no nos dejó ir al lugar donde estaban enterradas las víctimas para después solicitar la exhumación”. La magistrada se refiere al cementerio de San Rafael, la fosa común más grande de España. Allí fueron fusiladas y enterradas 4.471 personas.

Durante su itinerario por el País Vasco, Madrid y Andalucía, la jueza recogió otras pruebas documentales y conversó con dos víctimas de la dictadura junto al juez de la Audiencia Nacional Fernando Andreu. “Yo pensaba que ni nos iban a recibir, así que no tengo más que palabras de agradecimiento para la Justicia española”, aclara Servini.

Tal vez por eso, contesta con reserva al ser inquirida por la actuación de la Audiencia Nacional cuando en abril de 2014 denegó las extradiciones del exguardia civil Jesús Muñecas y del exinspector de Policía Juan Antonio González Pacheco, alias Billy el Niño.

“Bueno, los jueces responden a su legislación. Son decisiones que toman de acuerdo a las leyes y a la Constitución que tienen”, dice casi a modo de disculpa. “Estas son decisiones jurídicas. A veces estamos en el mismo lugar y un juez concede la extradición y otro no. Está dentro del libre pensamiento de cada juez”.

Servini se pasa la mano por el pelo y entrecierra los ojos. “La causa avanza, sólo que un poco más lenta. Lo que ocurre es que en vez de avanzar más rápidamente, como podría ocurrir con una causa argentina, aquí hay que hacer todo más pausado, porque dependes de exhortos y de viajes”.
"Quizás es demasiado pronto para que España investigue sus propios crímenes, hay heridas todavía abiertas”
En el caso de España, evalúa, están en una etapa más primaria. “Es importante que podamos indagar, porque ahí se impulsa la causa. El exministro Rodolfo Martín Villa [uno de los imputados] ha dicho que quiere declarar”.

Por este motivo, el juzgado está examinando la posibilidad de volver a España. “Ahora estamos con más declaraciones testimoniales [por videoconferencia], pero estoy estudiando viajar de nuevo para indagar a los imputados, si me autoriza la Corte y el Consejo de la Magistratura”, adelanta. “Nosotros tomaremos la declaración de todos los imputados, no podemos hacer diferencia. Aunque alguno se niegue a declarar, tienen que presentarse ante nosotros”.

La duda que puede rondar a todas las víctimas es hasta dónde puede evolucionar la causa ante el rechazo permanente a colaborar de las autoridades españolas. “Eso no se puede adelantar, sería hacer futurología”, admite. “Cuando uno empieza una investigación nunca sabe hasta dónde llega. La causa puede prosperar pese a los obstáculos que nos encontramos”.
La jueza Servini, en el despacho en el que nos recibe para la entrevista.
La jueza Servini, en el despacho en el que nos recibe para la entrevista.
El guiño sobre un cambio político en España que permita agilizar el proceso se cuela en la entrevista. “No me puedo adelantar a los acontecimientos, como ustedes tampoco pueden adelantarse a los procesos políticos de su país”, desliza. “Hay que ver. Si yo tuviera que adelantarme y decir que el año que viene va a pasar tal cosa, no podría hacerlo, porque no sé quién será el presidente el año que viene”.

¿Será posible que España investigue alguna vez sus propios crímenes? “Yo creo que al final sí los van a investigar”, asiente. “Con el tiempo lo van a hacer. Quizás es demasiado pronto, hay heridas todavía abiertas”.

Se acuerda entonces de su investigación sobre la muerte del general chileno Prats. “Chile no nos entregó a ningún imputado, pero toda la investigación se hizo acá en Argentina, y luego juzgaron allá, pero con mi investigación. En la resolución final de la Corte me mencionan, incluso, ‘que gracias a la investigación que se hizo en Argentina…’”.

Se interrumpe, y piensa. “Yo viajé en ese momento a Estados Unidos a interrogar al que puso la bomba [el ex agente de la DINA Michael Townley], que estaba con un pacto de impunidad, porque existe eso en Estados Unidos. Y el tipo declaró todo, pero no yo lo podía poner porque al mismo tiempo tuve que firmar un pacto de confidencialidad”.
"No sé si la causa es importante para Argentina. Acá a nadie le interesa"
Trascendencia del proceso

La relevancia de una causa que por primera vez afronta los crímenes cometidos durante la Guerra Civil y la dictadura puede tener más eco en España que en Buenos Aires. La jueza hace como que no es consciente de las repercusiones de su investigación. “No suelo prestarle atención a eso, no estoy con eso. A veces te critican, a veces te elogian. La Justicia es así. Algunos en España nos criticarán”.

“No sé si la causa es importante para Argentina. Para mí es una causa más de lesa humanidad. Acá a nadie le interesa. Sí, hay gente que incluso me ha felicitado en la calle, pero ¿sabes lo que pasa? Que las causas de lesa humanidad son distintas al resto. Tienen otra trascendencia, hasta uno tiene otro sentimiento, pero siempre estamos en la objetividad. Ahora, no podemos estar pensando en si es española o argentina”, justifica.

¿Cómo lidia Servini con este proceso? “Yo estoy en todo, pero tengo mucha gente que me ayuda, equipos que están con los detalles. Me pasan a mí los datos, los reviso y firmo si estoy de acuerdo”, consiente. “Yo tengo que tener objetividad y tranquilidad. Si empiezo a seguir qué dice este diario o el otro, qué dice Twitter, si me insultan o no, me vuelvo loca. Tienes que vivir en una cierta abstracción, por eso aquí [en el edificio donde están los tribunales] los juzgados están separados, los dejan apartados”.

Pero ella, lo quiera o no, pasará a la historia por ser la primera jueza que imputa a represores franquistas. “No lo había pensado”, dice despacio. “Estoy trabajando y no pienso en gloria o premios. Nosotros investigamos los delitos del general Prat como ahora también estamos investigando los delitos de nuestro país, con chicos desaparecidos. En todo caso, me alegro de poder ser útil”.
La jueza escucha a  los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
La jueza escucha a los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
La magistrada revela que no había imaginado los progresos que iba a tener la causa a lo largo del tiempo. “Estoy muy contenta, porque veo que vamos muy bien”, concede. “En concreto, que ya haya imputados y hayamos podido pedir extradiciones. Estamos a una altura muy importante que para nosotros es la llamada a indagatoria, cuando se pide la extradición”.
Una de las últimas trabas a la investigación no provino de la Audiencia Nacional, sino del Consejo de Ministros de Mariano Rajoy cuando denegó en marzo las extradiciones que pedía la magistrada. España, en este punto, vulnera el Tratado de Extradición y Asistencia Jurídica ratificado por ambos países en 1990.

Servini reconoce que desde la Justicia argentina no hay mucho margen de maniobra. “Los tratados son vinculantes, pero si no lo cumplís… la Justicia argentina no puede intervenir”. Queda en silencio unos instantes, y añade. “Con las extradiciones que pidió Garzón en su momento, Argentina tampoco cumplió. Garzón sólo pudo detener a los que tenía allá”.
“Los tratados son vinculantes pero si España no los cumple la Justicia argentina no puede intervenir”
Intercede entonces su secretario Mangano. “España no hizo lugar a nuestros pedidos de extradición por la ley de Amnistía que tienen vigente, no porque consideraran que no teníamos razón. No trataron el fondo del asunto, se escudaron en eso. Pero esto es muy importante, porque si hubieran podido voltear nuestros argumentos lo habrían hecho como para que no mandemos más pedidos”, delibera.

Servini interviene decidida. “La causa la trabajamos para terminarla. Esperamos poder hacerlo”. Pero ¿qué significa terminarla? “Que podamos procesar, o sobreseer, y que la causa pase a un tribunal oral, o no”, alega. Es todo un abanico de posibilidades.

Lo que sí sabe es que la investigación no está condenada a eternizarse por las constantes denuncias que se incorporan al proceso. “Puedes ir cerrando la causa por partes mientras las nuevas denuncias se van investigando. A mí me gustaría que esta investigación se pudiera terminar, aquí o en España. No es algo que yo quiero para mí. La querella está queriendo una reparación. Los imputados, una defensa. Esto tiene que tener un final”, sentencia Servini.
Miedo en las víctimas

Si hay algo que a la magistrada le ha impresionado durante el transcurso de la causa fue el temor de las víctimas a dar su testimonio. “Me impactó el miedo que tiene la gente a declarar”, recuerda Servini de su viaje. “No estamos acostumbrados a que la gente, en derechos humanos, tenga miedo. La gente acá es espontánea, habla. Nos impresiona el miedo”. Ante la pregunta de a qué cree que obedece ese miedo, se echa para atrás y aprieta los labios. “Investiguen ustedes, los españoles. Pregúntenle a la gente por qué los querellantes tienen miedo de declarar”.
Si hay una constante en el juzgado de Servini son las causas sobre delitos de lesa humanidad. Pese al indulto del presidente Carlos Menem que lo protegía, en 1998 detuvo con prisión domiciliaria al comandante Emilio Massera, integrante de la Junta militar que dio el golpe de Estado junto a Jorge Videla. Tres años después, solicitaba a la Justicia de Chile la detención del dictador Augusto Pinochet por su vinculación en el asesinato del general Carlos Prats y de su mujer Sofía Cuthbert, asesinados en 1974 en el marco de la operación Cóndor.
“No estamos acostumbrados a que la gente, en derechos humanos, tenga miedo"
La jueza acostumbra a enlazar su apellido con el de su marido fallecido en 2010, el brigadier Tomás Cubría, que fue retirado en 1977 por decisión del tercer integrante de la Junta que dio el golpe de Estado, Ramón Agosti.

Procedente de San Nicolás (provincia de Buenos Aires), Servini llegó muy joven a la capital argentina para terminar sus estudios de Escribanía y Derecho. Con 37 años, fue la primera mujer en ingresar a la Justicia penal como defensora pública. Dos años después, en 1976, fue promovida como jueza de instrucción. Y en 1990, ya con Menem en el poder, fue ascendida a jueza federal en el juzgado más político por excelencia, el número 1, que tiene a su cargo la justicia electoral.

Le llegó la fama fuera del ámbito judicial en 1991, por un caso de lavado de dinero proveniente del narcotráfico que involucraba a la cuñada de Menem, Amira Yoma, y que desveló el semanario español Cambio 16.  Aquel escándalo político adquirió públicamente el sobrenombre de Yomagate. Sancionada por la Corte Suprema por haber cometido irregularidades, Servini fue apartada de la causa. El Congreso, de mayoría peronista, la salvó de una docena de juicios políticos. Todo este periodo opacó su prestigio, siendo acusada de ser “menemista” hasta por el propio expresidente Néstor Kirchner en 2003.
La jueza con sus ayudantes y los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
La jueza con sus ayudantes y los abogados de la querella Máximo Castex y Carlos Slepoy.
Servini provocó además una de las anécdotas más recordadas de la televisión argentina al interponer un recurso de amparo contra el famoso cómico Tato Bores para no ser nombrada en su programa. El artista sorteó la censura llevando al estudio de televisión a actores, músicos y periodistas que cantaron a coro "la jueza Barú Budú Budía es lo más grande que hay", en socarrona referencia a la magistrada.

Servini es menos reconocida en el imaginario social por haber irrumpido en persona en las sangrientas protestas en la Plaza de Mayo durante la crisis de 2001 y haber ordenado a la policía que terminara con la represión del Gobierno de Fernando de la Rúa.

El 14 de abril de 2010 cayó en su juzgado una querella para que investigara el genocidio y los crímenes de lesa humanidad perpetrados desde el 17 de julio de 1936 hasta el 15 de junio de 1977, fecha de las primeras elecciones democráticas en España. En base a un dictamen del fiscal Federico Delgado, Servini se excusó de intervenir. La contradijo la Cámara Federal en septiembre de ese año, obligándola a mandar un exhorto al Gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero para averiguar si en España se estaban investigando los delitos del franquismo.
"La querella está queriendo una reparación. Los imputados, una defensa. Esto tiene que tener un final”
El corazón de la causa

Así comenzó este proceso que en sus cinco años de vida ha conseguido que pese una orden de extradición contra 20 imputados españoles –tres fallecidos–, que ha invitado a denunciar los crímenes franquistas a través de los consulados argentinos, que ha individualizado a más de 4.500 víctimas, y que ha motivado a una jueza a viajar a España para recoger en persona declaraciones testimoniales sobre desapariciones y otros crímenes.
“Aquel viaje fue muy bueno”, recuerda Servini. “Nos dieron mucho apoyo y nos atendieron muy bien, salvo una jueza en Málaga que no nos recibió y no nos dejó ir al lugar donde estaban enterradas las víctimas para después solicitar la exhumación”. La magistrada se refiere al cementerio de San Rafael, la fosa común más grande de España. Allí fueron fusiladas y enterradas 4.471 personas.

Durante su itinerario por el País Vasco, Madrid y Andalucía, la jueza recogió otras pruebas documentales y conversó con dos víctimas de la dictadura junto al juez de la Audiencia Nacional Fernando Andreu. “Yo pensaba que ni nos iban a recibir, así que no tengo más que palabras de agradecimiento para la Justicia española”, aclara Servini.

Tal vez por eso, contesta con reserva al ser inquirida por la actuación de la Audiencia Nacional cuando en abril de 2014 denegó las extradiciones del exguardia civil Jesús Muñecas y del exinspector de Policía Juan Antonio González Pacheco, alias Billy el Niño.

“Bueno, los jueces responden a su legislación. Son decisiones que toman de acuerdo a las leyes y a la Constitución que tienen”, dice casi a modo de disculpa. “Estas son decisiones jurídicas. A veces estamos en el mismo lugar y un juez concede la extradición y otro no. Está dentro del libre pensamiento de cada juez”.

Servini se pasa la mano por el pelo y entrecierra los ojos. “La causa avanza, sólo que un poco más lenta. Lo que ocurre es que en vez de avanzar más rápidamente, como podría ocurrir con una causa argentina, aquí hay que hacer todo más pausado, porque dependes de exhortos y de viajes”.
"Quizás es demasiado pronto para que España investigue sus propios crímenes, hay heridas todavía abiertas”
En el caso de España, evalúa, están en una etapa más primaria. “Es importante que podamos indagar, porque ahí se impulsa la causa. El exministro Rodolfo Martín Villa [uno de los imputados] ha dicho que quiere declarar”.

Por este motivo, el juzgado está examinando la posibilidad de volver a España. “Ahora estamos con más declaraciones testimoniales [por videoconferencia], pero estoy estudiando viajar de nuevo para indagar a los imputados, si me autoriza la Corte y el Consejo de la Magistratura”, adelanta. “Nosotros tomaremos la declaración de todos los imputados, no podemos hacer diferencia. Aunque alguno se niegue a declarar, tienen que presentarse ante nosotros”.

La duda que puede rondar a todas las víctimas es hasta dónde puede evolucionar la causa ante el rechazo permanente a colaborar de las autoridades españolas. “Eso no se puede adelantar, sería hacer futurología”, admite. “Cuando uno empieza una investigación nunca sabe hasta dónde llega. La causa puede prosperar pese a los obstáculos que nos encontramos”.
La jueza Servini, en el despacho en el que nos recibe para la entrevista.
La jueza Servini, en el despacho en el que nos recibe para la entrevista.
El guiño sobre un cambio político en España que permita agilizar el proceso se cuela en la entrevista. “No me puedo adelantar a los acontecimientos, como ustedes tampoco pueden adelantarse a los procesos políticos de su país”, desliza. “Hay que ver. Si yo tuviera que adelantarme y decir que el año que viene va a pasar tal cosa, no podría hacerlo, porque no sé quién será el presidente el año que viene”.

¿Será posible que España investigue alguna vez sus propios crímenes? “Yo creo que al final sí los van a investigar”, asiente. “Con el tiempo lo van a hacer. Quizás es demasiado pronto, hay heridas todavía abiertas”.

Se acuerda entonces de su investigación sobre la muerte del general chileno Prats. “Chile no nos entregó a ningún imputado, pero toda la investigación se hizo acá en Argentina, y luego juzgaron allá, pero con mi investigación. En la resolución final de la Corte me mencionan, incluso, ‘que gracias a la investigación que se hizo en Argentina…’”.

Se interrumpe, y piensa. “Yo viajé en ese momento a Estados Unidos a interrogar al que puso la bomba [el ex agente de la DINA Michael Townley], que estaba con un pacto de impunidad, porque existe eso en Estados Unidos. Y el tipo declaró todo, pero no yo lo podía poner porque al mismo tiempo tuve que firmar un pacto de confidencialidad”.
"No sé si la causa es importante para Argentina. Acá a nadie le interesa"
Trascendencia del proceso

La relevancia de una causa que por primera vez afronta los crímenes cometidos durante la Guerra Civil y la dictadura puede tener más eco en España que en Buenos Aires. La jueza hace como que no es consciente de las repercusiones de su investigación. “No suelo prestarle atención a eso, no estoy con eso. A veces te critican, a veces te elogian. La Justicia es así. Algunos en España nos criticarán”.

“No sé si la causa es importante para Argentina. Para mí es una causa más de lesa humanidad. Acá a nadie le interesa. Sí, hay gente que incluso me ha felicitado en la calle, pero ¿sabes lo que pasa? Que las causas de lesa humanidad son distintas al resto. Tienen otra trascendencia, hasta uno tiene otro sentimiento, pero siempre estamos en la objetividad. Ahora, no podemos estar pensando en si es española o argentina”, justifica.

¿Cómo lidia Servini con este proceso? “Yo estoy en todo, pero tengo mucha gente que me ayuda, equipos que están con los detalles. Me pasan a mí los datos, los reviso y firmo si estoy de acuerdo”, consiente. “Yo tengo que tener objetividad y tranquilidad. Si empiezo a seguir qué dice este diario o el otro, qué dice Twitter, si me insultan o no, me vuelvo loca. Tienes que vivir en una cierta abstracción, por eso aquí [en el edificio donde están los tribunales] los juzgados están separados, los dejan apartados”.

Pero ella, lo quiera o no, pasará a la historia por ser la primera jueza que imputa a represores franquistas. “No lo había pensado”, dice despacio. “Estoy trabajando y no pienso en gloria o premios. Nosotros investigamos los delitos del general Prat como ahora también estamos investigando los delitos de nuestro país, con chicos desaparecidos. En todo caso, me alegro de poder ser útil”.
MMINISTRATIVE, AFFLUENZA SOTTO IL 50%

Voto in Spagna, ciclone Podemos
Prende Barcellona, vola a Madrid

Pablo Iglesias, leader di Podemos (Ap)
Pablo Iglesias, leader di Podemos (Ap)
Il Pp primo (di poco) a Madrid ma si va verso la coalizione Podemos-Psoe
Colau, la neosindaca di Barcellona: «Rivoluzione democratica

DERROTA HUMILLANTE DE LOS FASCISTAS DE ESPAÑA...PERO SIGUEN VIVOS

La prensa internacional destaca que los indignados toman el poder el 24-M

"Barcelona y Madrid están en manos de dos mujeres carismáticas, de izquierdas y activistas de fuera del sistema", destaca el 'Financial Times'

Cabeceras de la prensa internacional.
Cabeceras de la prensa internacional.

Joan Tapia
Periodista
MONTSE BARAZA / BARCELONA


La prensa internacional se ha hecho eco de los resultados de las elecciones municipales y autonómicas en España, de las que destaca la victoria de Ada Colau en Barcelona, el triunfo de Ahora Podemos en Madrid, en detrimento de CiU y PP respectivamente, y la debacle del PP, que pierde todas sus mayorías absolutas. Y lo ha hecho para destacar que "los indignados", en alusión a la formación de Colau, Barcelona en Comú, y a Podemos de Pablo Iglesias, han tomado el poder en España frente a los partidos tradicionales que sufren un castigo por la corrupción.
'Financial Times': "El partido gobernante de España sufre duras derrotas regionales". El diario económico británico destaca que el PP ha sufrido un "declive particularmente importante" en Madrid, donde Esperanza Aguirre sigue siendo la fuerza más votada pero no podrá formar mayoría ante el frente de izquierdas que lidera Manuela Carmena. El 'Financial Times' también subraya que algo similar ha ocurrido en Barcelona de forma que "las dos principales ciudades de España están en manos de dos mujeres carismáticas, de izquierdas y activistas de fuera del sistema".
BBC: La cadena de televisión británica afirma que las elecciones las han ganado los "nuevos partidos anticorrupción", Podemos y Ciudadanos, y destaca que "España entra en una nueva era". La BBC afirma que, "como era de esperar", la crisis económica y los escándalos de corrupción han pasado factura a los partidos tradicionales y, con la victoria de fuerzas emergentes "el país ha entrado en una nueva era política". La cadena subraya que "partidos antiausteridad, vinculados a Podemos, pueden presumir de lograr el poder en Barcelona y podrían formar coalición para gobernar la capital de España".
La cadena se para especialmente en Ada Colau. "Barcelona tiene una historia increíble. La nueva alcaldesa será Ada Colau, una mujer que se ha hecho famosa haciendo campaña en favor de gente que no podía pagar sus hipotecas". Y añade: "El principal partido de izquierdas independentistas (ERC) ha sufrido por su culpa, sugiriendo que la gente en Barcelona está más preocupada por las políticas sociales que por las ambiciones nacionalistas".
The Guardian: "Los indignados españoles pueden gobernar Barcelona y Madrid". El diario británico afirma que "la activista antipobreza Ada Colau será la alcaldesa de Barcelona" y que en Madrid "dos abuelas", en alusión a Esperanza Aguirre y Manuela Carmena "batallarán por el control de la ciudad". "Los indignados de España se han movido de las plazas a los ayuntamientos en unas elecciones que han visto cómo una activista antipobreza ha sido elegida alcaldesa de Barcelona". "En Madrid el PP no las tiene todas consigo para conservar el poder de la ciudad que ha gobernado durante dos décadas".
Le Monde: "Seísmo político en España", titula el diario francés, que destaca que las elecciones del 24-M "marcan el fin del bipartidismo que articula las instituciones españolas desde la transición democrática". 'Le Monde' subraya que "tras cuatro años en el poder, el PP, marcado por la política de austeridad y una sucesión de escándalos de corrupción", se hunde" y pierde el 40% de votos. El diario francés hace especial hincapié en el triunfo de Ada Colau y afirma que será "la primera alcaldesa indignada de España".
Le Figaro. "Hacia alianzas inevitables". El rotativo francés apunta que el PP es la fuerza más votada en España pero pierde sus mayorías absolutas --"los peores resultados en 20 años", afirma-- y destaca que los nuevos partidos de izquierdas y de centro son piezas indispensables para formar gobiernos.
La Repubblica. "Podemos toma Barcelona y Madrid y el PP está en retroceso". El diario italiano afirma que el "duelo entre la vieja y la nueva política acaba de empezar en España, pero de los resultados electorales el escenario es claro: las fuerzas emergentes, Podemos y Ciudadanos, toman el protagonismo en las instituciones locales, el primer test cara a las elecciones generales de noviembre".
La Stampa. "Boom de Podemos en las elecciones municipales en España: gana en Barcelona y es decisivo en Madrid". El rotativo italiano habla de "revolución del movimiento de los indignados" y destaca que el PP de Mariano Rajoy cae pese a ser la fuerza más votada. 'La Stampa' apunta también que España entra en "la estación de las alianzas" y considera que las elecciones municipales y autonómicas son una "test de las elecciones de noviembre" y dejan "un país transformado".
The New York Times. "El partido del Gobierno pierde apoyos mientras las izquierdas avanzan en España". El diario neoyorquino destaca que, en el panorama de "creciente fragmentación" de la política española, dos partidos de izquierdas (Barcelona en Comú y Ahora Podemos", asumirán el control de los ayuntamientos de Barcelona y Madrid. Recogen las palabras de Ada Colau ("la gente común, que normalmente no tiene poder, tenía una oportunidad histórica y la ha utilizado") y apunta que la situación es más incierta en la capital de España, donde Manuela Carmena "puede gobernar Madrid si consigue sumar fuerzas con los socialistas".
Clarín. "Los 'indignados' ganan Barcelona y también podrían gobernar en Madrid". El diario argentino subraya que la victoria de Ada Colau en Barcelona y el resultado de la capital de España, donde Carmena podría formar gobierno, evidencian la "irrupción de las nuevas formaciones emergentes frente a los dos partidos tradicionales que, no obstante, se mantienen como las fuerzas más votadas a nivel nacional".